'Mercenaries' do it better!

Seguir regras as vezes tem um preço bem caro!
Quando se tem uma legislação dentro de um país em conflito as vezes é complicado que os agentes de segurança pública exerçam seus trabalhos dentro da lei, principalmente quando uma polícia e uma força armada de segurança tem que tomar conta do governo, servir a população e travar uma guerrilha contra uma força fantasma.
No caso de um grupo terrorista como o Boko Haram, que está bem armado, e age com genocídios, torturas, amedrontando a população e não tendo uma frente regular diante das forças armadas, seguir as regras é difícil para conter a violência. Neste cenário de guerra irregular, atuar com uma força privada pode ter um maior êxito.

O governo Nigeriano ao contratar a STTEP International visando sanar o problema do avanço do Boko Haram, buscou ter o treinamento da antiga Executive Outcomes, e ter um melhor equipamento. Conseguiu com êxito conter o Boko Haram de continuar seguindo em frente e tomando território.
"South African soldiers have extensive experience conducting mobile operations in hostile environments and can provide immediate access to airpower. This is particularly useful in fighting Boko Haram in the Sambisa Forest, a dense area approximating 60,000 square kilometers in the northeast of the country which has become the insurgents’ stronghold."
"According to the Institute for Security Studies in Pretoria, former members of the South African Air Force have been operating gunships mostly based out of Maiduguri, and have flown “a huge number of sorties, including nocturnal operations, with great success”. The mercenaries appear to have adopted a rather low profile, attacking usually at night and pulling out in the morning for the Nigerian government to claim credit. This suggests a deliberate desire to maintain a low profile and shows that the contractors are working closely with the Nigerian armed forces throughout this process." (Why Nigeria is turning to South African mercenaries to help fight Boko Haram)  
Para consertar um trecho, a STTEP não é uma empresa Sul Africana e nem tão pouco são mercenários Sul Africanos. É uma empresa de Segurança que presta serviços a países Africanos por cidadãos Africanos.
Problem in point: STTEP is not a South African company... (BARLOW, E.)
Vamos ver a cara da ONU quando começar a reclamar do contrato de mercenários, já que eles repudiam o terrorismo mas não se pronunciam em como conter, assim como forças ocidentais que repudiam o terrorismo, mas se metem apenas quando não são requisitados. No caso da Nigéria, ou o país não tem algo a oferecer ou o Boko Haram é estratégico para algumas nações, inclusive às 'unidas'. Assim como o Estado Islâmico.
O problema é que o repúdio ao terrorismo vem junto com o repúdio ao contrato de mercenários, que antes era apoiado pelos mesmos que repudiam! Acabou o neocolonialismo e agora todos desejam ser politicamente corretos...



Qual a questão?
Matérias como está são comuns, sempre tentando denegrir a imagem: Apartheid-era forces hired by desperate Nigeria e logo volta a resposta do Barlow: Quando um país ocidental contrata é uma PMC para proteção VIP, quando um país africano contrata é pro-apartheid, é racismo, é mercenarismo.

Decerto  que ética e moral não são bem vindas na política internacional, a hipocrisia ainda é a grande questão para opinar quanto às questões de guerra, a terceirização da culpa ainda é maior do que a terceirização da guerra. Ninguém se propôs a resolver o problema, apenas em expor, mas quando alguém toma atitude, também é exposto como errado.

Regras não foram seguidas no Iraque, nem no Afeganistão. Nunca foram seguidas no Brasil. Tampouco foram seguidas na Colômbia. Nem no Vietnã, Congo, etc. Porque na Nigéria deve ser seguido é uma questão interessante. Pacifistas, comunistas, esquerdistas, etc. sei lá qual o tesão que têm no terrorismo, até porque toda a base dos grupos é ultra conservadora.

Segue aqui um trecho escrito por Barlow, explicando onde a mídia (negativa) entra:

"Of course, the media's version of the history of Executive Outcomes (EO) was also dug up and rehashed and likewise became a focus of their attention. (I was—and still am—amazed that some journalists still believe they know more about EO than I do and now it appears they know more about STTEP than I do)."
...
"Some journalists have written offering to assist me in reducing the "criminality of our actions". It appears that if South Africans are called on to assist an African government fight terrorism it is considered to be "criminal". When South Africans are contracted by a foreign PMC, then it is no longer criminal!" (Feeding Narrative - Barlow, E.) 

E quem é o filho da puta?

A lógica é a lógica de mercado mesmo, a economia e a política decidindo juntas, e quem tem mais economia é quem decide! Outro ponto é a economia de fato e é o ponto que mais se destaca.
McFate defende a prática das PMC, deixando claro que há livre concorrência. Mesmo ditadores como Gaddafi utilizaram mercenários, que lutaram contra algumas PMC. Não haviam lados certos sendo que a prática é proibida por convenção. Então não tem que se julgar ilegítimo se é para determinado fim.
Futuramente trabalharei apenas esta questão e a questão da legitimidade e legalidade das PMC, mas nas palavras de McFate:

"In addition, private armies live by no rules of war or international conventions; here, Erik Prince is the best example. PMCs can hide in countries with the lowest standards and norms. They have access to a global arms trade and the latest military technology, including drones. They are a risk to civilian populations, and their operations are never transparent. “You can FOIA (Freedom of Information Act) the CIA, you can’t FOIA this industry,” said McFate. "
"So what to do? McFate suggests that banning PMCs or trying to regulate them into submission won’t work because it would only drive them underground and into the realm of rogues. He suggests letting the market work to “incentivize desirable practices by making them profitable” might be the best course. He notes, however, that when the U.S. military had “market power” and was in the best position to set price and practices at the beginning of its wars, it “failed to do so.” "
(The privatization of America’s wars swells the ranks of armies for hire across the globe)

Mercenários na África sempre tiveram como denominação "Cães de Guerra", mas quem são os cães da guerra afinal?
"Boko Haram is an Islamic terrorist organization in Nigeria responsible for somewhere in the neighborhood of 5,000 civilian deaths over the last five years. They have kidnapped and kept hundreds of schoolgirls in sexual slavery. They have tortured and mutilated thousands of black people and whilst the UN and the rest of the world sit and do nothing (apart from Michelle Obama with her useless “Bring back our children” campaign), STTEP is hunting the bastards down and killing them."
"These tactics and techniques are not new. I mentioned them all in my four part series and anybody with elementary knowledge of COIN will recognize them. It is exactly what we used on the Angolan border. Sure times have changed and equipment became more modern, but the principles are the same. For instance Von Trotha “leap-frogged” with horses. STTEP uses helicopters and vehicles, but the principles are still the same." (SMITH, M. STTEP - Former SADF soldiers defeating Boko Haram in Nigeria)
Dentre estratégias e táticas que revolucionaram os conflitos, cenários operacionais completamente não convencionais e uma puta vitória - o primeiro passo -  de força e inteligência superior. Segue o vídeo da Al Jazeera em que mostra o Boko Haram tomando de quatro para as forças armadas nigerianas, treinadas pela STTEP International, a força de retaliação retomando território e tendo o apoio da população.

Além disso, Barlow recentemente postou em seu blog um texto comentando sobre a última entrevista, da SOFREP. Segue o link!


Vídeo:



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