Avaliando riscos de terrorismo nas olimpíadas. Perguntas e Respostas.

Terroristas se utilizam de meios violentos para chamar atenção para uma causa. Geralmente Terroristas não se importam com meios utilizados, justificando seu fim que é a forma que os ataques irão chamar atenção para seu grupo. Esta é uma tática de voltar a mídia para seu foco, sua causa, seu grupo. Atualmente terrorismo não se deve tratar apenas como uma rede internacional, pois grupos terroristas não possuem um país de origem, nem um inimigo em comum, são células que são ativadas de acordo com a liderança, portanto estas ameaças são transnacionais, não tem uma pátria, nem, tampouco, uma Estado-Nação, nem um governo por trás.
Esta rede não tem como ser situada geograficamente, tampouco os terroristas são facilmente encontrados, portanto falar em prevenção é difícil, apenas quando ocorre um ataque que as suspeitas prévias podem ser descritas como ameaças reais, tal qual sua causa.
Facilmente nos dias atuais estes grupos recrutam jovens que por sua vez revoltados com a realidade de seu país e atraídos por uma causa revolucionária ou a imagem atraente de soldados armados com visuais, são um atrativo para que ajam novas células diariamente, atuando em diversas partes do mundo. Desta forma seus alvos são fáceis de serem identificados, mas não se sabe quando ou como será a ação.
Durante jogos olímpicos, diversas delegações de países que guerreiam contra estes grupos transnacionais estarão presentes na cidade do Rio de Janeiro, e não se sabe a intenção de possíveis ataques, nem pode-se prever como ou quando serão os ataques, mas podemos afirmar que as polícias e a inteligência brasileira deixa falhas diariamente e estão pouco preparadas para um possível ataque.
O número de mortos não é importante, conforme já fora dito, mas a mídia em foco do ataque, portanto falar em locais é difícil porque a Cidade estando lotada, os estádios seriam possíveis alvos, mas uma rodovia, avenida em horários de pico também. Logo os trajetos que estas delegações passariam seriam alvos possíveis.
A primeira parte de um ataque seria um ensaio. Este ensaio é um fator natural, por exemplo, um veículo que bateria num portão, assim estudando tempo de resposta, se o responsável pela guarda do portão chamaria a polícia, se há segurança privada, se simplesmente deixaria como está, se facilmente abriria o portão para ajudar. O segundo momento seria o ataque, pois naquele momento estuda-se toda a rotina do alvo.
Enumerando alvos que poderiam ser de grande escala para um atentado, a nossa empresa se encontra em um nível elevado de segurança, pois estações de gás além de causarem grandes danos físicos também causam danos estruturais em dutos, instalações, além de uma enorme quantidade de mortos. Portanto devemos levar a segurança nas olimpíadas como prioridade.
Segue uma série de questões que devemos levar em consideração:
P. O que é?
R. Pode ser explicado como o uso ilegal da força contra pessoas ou propriedades para intimidar ou coagir uma população civil ou segmento dela, em apoio a objetivos políticos, sociais ou religiosos.
P. Como identificar um terrorista?
R. A história traz exemplos de terroristas das mais diversas classes sociais, grupos étnicos, culturais e religiões, portanto não devemos nos levar por estereótipos ou preconceitos. Terroristas são pessoas para quem os objetivos a serem alcançados justificam o emprego de quaisquer meios, independentemente o quão violentos ou covardes os ataques possam ser.
P. Como diferenciar o terrorismo de um crime comum?
R. No terrorismo, sequestros, assassinatos, danos ao patrimônio, desmoralizações são empregados segundo a metodologia de “agir contra um e intimidar o maior número de pessoas possíveis.” A maneira de agir dos terroristas muitas vezes é copiada de outros atores como o tráfico de drogas, o crime organizado, indivíduos desequilibrados ou movimentos revolucionários, de caráter declaradamente social.
P. Como se preparar?
R. Crie um plano de chamadas de emergência, principalmente com contatos fora da cidade. Mantenha seus entes sempre informados de quais locais estará. Deixe todos os contatos de e-mail, telefones pessoais, da empresa, de hotéis com familiares e mantenha um pequeno kit de primeiros socorros próximo, em local de fácil acesso. Estes contatos são importantes para que pessoas próximas saibam como o encontrar. Também tenha telefones de todos os seus principais contatos, como colegas de trabalho, acompanhantes, etc.
P. O que mais pode-se fazer?
R. A empresa deve ter um plano de contingência para este tipo de riscos. Contatos imediatos que transportam o diretivo V.I.P. O contato do centro de controle e da cadeia de comando da segurança. Toda a segurança deve estar envolvida no processo e com uma rota de fuga para retorno aos hotéis, para hospitais ou para as instalações da empresa. Rotas de fuga e rotas alternativas devem ser estudadas. O contato telefônico e visual deve ser primazia. Caso qualquer coisa ocorra, deve-se ter a noção de onde os veículos, motoristas e diretivo se encontram.
P. Quais alvos são mais visados?
R. Terroristas procuram alvos de grande visibilidade, que possam atacar sem serem previamente detectados, tais como aeroportos, estações rodoviárias, ferroviárias, barcas, metrôs, shoppings centers, eventos com grande concentração de público, hotéis, pontos turísticos. Lugares abertos e com fácil acesso ao público e onde não haja revista rigorosa são bastante apreciados por terroristas como alvos.
P. Que armas os terroristas utilizam?
R. Modernamente, terroristas têm empregado armas de fogo e em grande parte de seus ataques, principalmente em locais onde haja segurança precária ou não haja segurança e não haja risco por parte de agentes ou cidadãos armados. Em caso de ataque por arma de fogo, o mais correto a se fazer é fugir do local, caso não haja como, esconder-se o mais rápido o possível.
P. Que outras armas os terroristas usam?
R. As bombas são um dos instrumentos mais empregados atualmente por terroristas. Normalmente são colocadas em locais de grande movimentação pública (como saguões, prédios, corredores e calçadões), bem como ser instaladas em locais estratégicos como transformadores, geradores ou estações de controle de energia, próximo a estoques de gás ou combustíveis, em que sua detonação possa ampliar danos ou mortes.
P. Como identificar uma bomba?
R. Embora possam ser camufladas, normalmente uma bomba será um objeto suspeito, que aparentemente destoe na paisagem de um referido local. Na maioria dos casos, será uma caixa, pacote ou mochila aparentemente esquecidos no local. Atenção: NÃO MANUSEIS O OBJETO ENCONTRADO. Mantenha distância em local abrigado e acione imediatamente a polícia.
P. Como o terrorista prepara seus ataques?
R. Antes de atacar, terroristas buscam informações sobre seus alvos e sua segurança para conhecer sua rotina e poder definir melhor o momento do ataque.
P. Como lidar com o ataque?
R. A melhor maneira de lidar com um incidente terrorista é tentar preveni-lo antes que ele ocorra. É preciso estar atento ao que está acontecendo à sua volta se detectar eventual sinal de preparação, comunique imediatamente às autoridades.
P. Como prevenir?
R. Esteja atento. Pessoas, veículos, volumes e tudo que não pertença ao local ou dê impressão que não são próprios para o ambiente deve despertar desconfiança. Exemplo. Jogo do Chelsea que foi adiado por uma bolsa deixada em local impróprio.
P. Quais as principais pistas?
R. Pessoas estranhas observando e fotografando detalhes de segurança, que parecem estar disfarçadas como pedintes, como ambulantes ou motociclistas parados e fazendo anotações, usando binóculos próximos a locais que sejam alvos em potencial, como os já descritos anteriormente.
P. Como terroristas procedem com os sistemas de segurança?
R. Eles sempre tentam testar os sistemas de segurança previamente para encontrar falhas e explorar. É a fase de ensaio. Qualquer tentativa de testar ou burlar sistemas de segurança existentes deve ser motivo de desconfiança, mesmo quando perpetradas por pessoas aparentemente inocentes e insuspeitas. Terroristas podem empregar idosos, crianças, mulheres bonitas ou deficientes físicos, visando não serem detectados.
P. Em que detalhes prestar atenção?
R. Roupas destoantes do nosso clima, de nossa cultura, como jaquetões, casacos compridos, mochilas muito grandes que podem ajudar a esconder armas de fogo como fuzis e submetralhadoras. Cabeças cobertas com panos, que fogem do tradicional boné, chapéu ou toca. Veículos estranhos ao local podem e devem levantar suspeitas. Procure fixar-se nas fisionomias e procure associá-las a pessoas conhecidas, isso ajuda na identificação.
P. Redes sociais são um bom canal de denúncia?
R. Não. Não há certeza sobre o controle de informações e sobre quem vai ver o conteúdo postado, que espalhara rapidamente e poderá causar alvoroço e não chegar ao destino. Além disso, há possibilidade de alertar o terrorista que ele foi descoberto, fazendo-o mudar sua estratégia, e mudar seu modus operandi. Caso fotografar, não divulgue e encaminhe a autoridade competente.
Dica: Mantenha listagem atualizada com telefones do batalhão e da delegacia de polícia responsáveis pela área e comunique de imediato qualquer anormalidade.
Telefones Úteis:
·         Polícia Militar: 190
·         Esquadrão Antibombas: (21)2582-7972 | (21)2582-7976
·         Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro: (21) 2203-4000
·         Disque-Denúncia: (21) 2253-1177
Fonte: ADESG RJ


Trabalho apresentado à coordenadoria de Segurança GNF Brasil, para apresentação ao diretivo que estará presente na Rio 2016.


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